A pandemia da COVID-19 provocou mudanças significativas em muitos aspectos de nossas vidas, inclusive na área da saúde. A arquitetura hospitalar, em particular, passou por uma transformação, pois os arquitetos e engenheiros se esforçam para garantir a segurança e o conforto dos pacientes e dos profissionais de saúde. Com a necessidade de distanciamento social e medidas de controle de infecções, o design hospitalar está assumindo um novo foco. A arquitetura hospitalar pós-pandemia tem tudo a ver com a criação de espaços funcionais, flexíveis e adaptáveis a circunstâncias variáveis. De melhores sistemas de ventilação a tecnologias sem contato, as mudanças que estão sendo feitas visam melhorar a experiência do paciente e, ao mesmo tempo, manter todos seguros. Neste artigo, exploraremos como a arquitetura hospitalar está evoluindo para enfrentar os desafios da pandemia e como será o futuro da arquitetura hospitalar.
Aqui você vai encontrar:
O que é arquitetura hospitalar?
O que mudou nos hospitais pós-pandemia?
O futuro nas novas realidades emergentes: tendências e exemplos.
Tendências da arquitetura hospitalar pós pandemia.
Exemplos de projetos hospitalares adaptados.
Arquitetura efêmera.
Construções civis hospitalares: normas.
Arquitetura hospitalar é um ramo específico da Arquitetura que se dedica ao projeto e planejamento de espaços hospitalares, clínicas, laboratórios, unidades de saúde e outros ambientes relacionados à saúde e cuidados médicos. A arquitetura hospitalar deve levar em consideração aspectos técnicos, funcionais e estéticos, além de seguir normas e regulamentações específicas do setor de saúde.
Os profissionais da área de arquitetura hospitalar devem ter conhecimentos específicos sobre planejamento e projeto de espaços hospitalares, técnicas de construção, segurança sanitária, ergonomia, acessibilidade, dentre outros. O objetivo é criar ambientes que sejam seguros, eficientes, confortáveis e acolhedores para os pacientes, familiares e profissionais da saúde. O projeto de arquitetura hospitalar envolve a definição de espaços, fluxos, circulações, iluminação, ventilação, revestimentos e acabamentos, equipamentos, tecnologias e infraestrutura. É importante que o projeto contemple a flexibilidade para adaptações futuras e a sustentabilidade ambiental.
Como os ambientes hospitalares tem se adequado diante de situações diversas?
Nos últimos anos, com o surgimento de novas doenças, os espaços hospitalares e de saúde construídos passaram a ter que incorporar técnicas e recomendações de isolamento para um controle mais eficiente de doenças infectocontagiosas. Não só elas, mas outros tipos de doenças também trouxeram à tona as necessidades emergentes em casos atípicos. Com a pandemia da COVID-19, declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em março de 2020, não foi diferente. Um dos aspectos que nos levou a repensar a logística de ambientes hospitalares foi a rápida dispersão do novo vírus, além da alta demanda por leitos hospitalares em todas as partes do globo. Com isso, não só o setor da saúde precisou se adaptar, mas também todos os setores da arquitetura e do urbanismo foram desafiados a assegurar saúde, conforto e higiene para os usuários.
A pandemia da COVID-19, foi apenas um caso que tem deixado diversas questões sobre como arquitetos e urbanistas podem apresentar ideias de prevenção ou readaptação do espaço existente, e até identificar onde e como uma pandemia pode afetar o espaço construído.
Projetando para o futuro: como a arquitetura hospitalar pós-pandemia está se adaptando para garantir a segurança e o conforto dos pacientes.
A arquitetura hospitalar pós-pandemia tem como objetivo criar espaços funcionais e adaptáveis a circunstâncias em mudança. Algumas das principais características incluem:
- Espaços flexíveis
Com a pandemia, tornou-se claro que os hospitais precisam ser mais flexíveis e adaptáveis a circunstâncias de mudança. O design hospitalar pós-pandemia está focado em criar espaços que possam ser facilmente reconfigurados para atender às necessidades dos pacientes e profissionais de saúde.
- Sistemas de ventilação otimizados
A ventilação é uma parte crítica do design hospitalar pós-pandemia. Hospitais precisam de sistemas de ventilação que possam filtrar o ar e reduzir a propagação de doenças infecciosas.
- Tecnologias sem contato
Tecnologias sem contato, como sensores de movimento e reconhecimento facial, estão sendo incorporadas ao design hospitalar pós-pandemia para reduzir a propagação de doenças infecciosas.
Novas necessidades, novas finalidades, novas construções.
Muitos hospitais implementaram mudanças em sua arquitetura para se adaptar à pandemia. Alguns exemplos de projetos hospitalares pós-pandemia incluem:
- Hospital de campanha temporário em Wuhan
O hospital de campanha temporário em Wuhan foi construído em apenas 10 dias para lidar com o grande número de pacientes com COVID-19. O hospital foi projetado para garantir a segurança dos pacientes e profissionais de saúde, com áreas distintas para pacientes com diferentes níveis de gravidade. Muitas estruturas e sistemas usados no hospital acabaram sendo adaptadas também em hospitais já existentes do país.
- Hospital Universitário de Zurique
O Hospital Universitário de Zurique implementou mudanças em seu design para se adaptar à pandemia. O hospital criou espaços flexíveis e adaptáveis a circunstâncias em mudança, se mantendo preparado para qualquer nova necessidade.
A arquitetura efêmera na pandemia:
Um dos tipos de arquitetura hospitalar mais adotado na época da pandemia foi a efêmera. Muito usada em épocas de necessidades ocasionais e também, como o próprio nome diz, usada somente por períodos emergentes que possam ser temporários. Afinal de contas, a arquitetura efêmera é um tipo de arquitetura temporária e transitória que é projetada para durar apenas por um curto período de tempo. Inclusive, é aqui que os hospitais de campanha se enquadram!
Claro que, os modelos que perduraram ou foram integrados nas edificações existentes e se tornaram permanentes não podem mais ser considerados construções efêmeras.
As construções civis hospitalares: principais normas!
Agora, mais do que seguir as novas necessidades da humanidade, as construções civis de hospitais continuam tendo que seguir normas específicas referentes à infraestrutura de estabelecimentos assistenciais de saúde declaradas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Há três normas da Anvisa que devem ser consideradas em obras hospitalares, seja ela uma obra nova, construída do zero, ou uma reforma.
- RDC 50/2002: é a mais importante das três. Ela dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde;
- RDC 222/2018: que regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências;
- RDC 15/2012: dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências.
É sempre importante consultar as normas, tanto para estar em conformidade com elas como para auxílio e base de tamanhos, regras, etc, como por exemplo na RDC 50/2002 podemos encontrar informações importantes como: a mínima dimensão das salas, questões relativas ao planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, entre outras orientações.
Diante de todas as mudanças que a Covid-19 impôs à sociedade e ao setor de construção civil, é seguro dizer que tanto a engenharia quanto a arquitetura hospitalar não serão mais as mesmas. Há agora, mais ainda, a necessidade de se discutir o papel da arquitetura na criação de ambientes hospitalares seguros.
E você, como você acha que vai ser o futuro na engenharia hospitalar?
Tem mais dúvidas referentes à arquitetura hospitalar ou tem planos para um projeto hospitalar? Consulte a Tribase.
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