Você, com certeza, já foi a algum show, peça teatral ou seminário em um auditório, certo?
Bom, nesses casos, espera-se sempre uma boa experiência, algo imersivo, onde a acústica e o conteúdo sejam inesquecíveis de alguma forma. Mas, se você pensar com um pouco mais de critério, vai encontrar uma memória sobre uma experiência não tão agradável, por exemplo: o som não chegava tão nítido até o local onde estava sentado(a), ou o volume estava alto demais e isso prejudicou a absorção do conteúdo ministrado.
Dentro do universo da construção e arquitetura, isso tem nome e sobrenome: controle de ruído e conforto acústico.
Cada ambiente tem a sua função, seja de passar segurança, aconchego, inspiração ou aprendizado. Sem o cuidado devido, isso acaba se perdendo e como resultado teremos apenas mais um ambiente que não cumpre o prometido, principalmente quando falamos de auditórios.
Neste artigo vamos elucidar melhor a função de um auditório, os cuidados que devem ser levados em consideração no momento de projetá-lo e os acabamentos acústicos que são ideais – a depender da finalidade do projeto.
A imersão perfeita!
O auditório tem essa missão, ele é projetado para levar as pessoas a experimentarem sentimentos, conhecimentos e novas experiências. Isso porque temos dois pontos de destaque: acústica e iluminação. Dois elementos que quando combinados da forma correta promovem a experienciação do público, seja em shows, peças teatrais, palestras ou eventos.
Mas, para que esse objetivo seja alcançado, precisa-se determinar, primeiro, qual a finalidade real do auditório. Não, caro(a) amigos(a), nem todo material e projeto servem para variadas funções. Por exemplo: um projeto desenhado para um teatro não é o mesmo para um auditório multiuso. Sendo esse o primeiro passo, vamos ao segundo: determinada a finalidade do ambiente, se faz necessário identificar o tempo de reverberação – isso se traduz como o tempo em que o som é audível em um determinado espaço. Ou seja, quanto maior for o espaço, maior deverá ser o tempo de reverberação do som. Essa informação é idealizada por um profissional de engenharia acústica e é só com esse dado em mãos que é possível trabalhar na sonorização do ambiente.
Nem sempre menos é mais, tem que ser na medida certa!
Mais um ponto de atenção para um bom projeto: se a utilização de materiais acústicos não estiverem de acordo com a sonorização do ambiente a experiência do público pode ser afetada pelo que chamamos de ruído residual (sons de trânsito, ar condicionado, barulhos do corredor e afins).
Usar material demais também é um problema! Para tudo existe uma medida certa, e não é diferente neste tipo de projeto.
Em espaços desenhados para musicais, por exemplo, a reverberação do som precisa ser maior para que o público viva experiência de forma completa. Dessa forma, se incluirmos material de absorção acústica em excesso, essa finalidade será seriamente afetada.
“A luz dos olhos seus…”
A iluminação não é ponto central da nossa conversa de hoje, mas nosso compromisso é sempre passar a informação completa, não é mesmo? E como este elemento é primordial para a experiência da plateia, achamos importante ressaltar alguns pontos importantes:
1 – Excesso de pontos de luz
Vamos pensar em um cinema: quando o filme começa, ainda existem pontos de iluminação na escada que ajudam os espectadores atrasados a chegarem aos seus lugares. E quando o filme acaba, a iluminação é proporcional para não impactar ou machucar a visão de ninguém, tudo é proporcional.
Não seria diferente em um auditório, o projeto precisa levar em consideração o tamanho do ambiente para uma distribuição equilibrada, dessa forma, evitamos o acúmulo de poluição visual.
2 – De novo: considere a finalidade do espaço
Para um teatro, investimos no que chamamos de iluminação de contorno e de piso, dessa forma, o público pode ter um visão nítida de quem está no palco. Já em auditórios para palestras e eventos, a iluminação é um pouco maior, criando um ambiente intimista e confortável, mas claro o suficiente para ninguém cair no sono.
O mundo mágico da absorção acústica
Apresentaremos alguns de nossos cases e os materiais utilizados para promover a experiência do público local.
Escola Builders
Residencial Santa Cruz
Para este projeto, nossa equipe trabalhou no revestimento de carpete Beaulieu em pisos e paredes. No teto, optamos por um forro modular acústico Gypsum.
Santa Marcelina
Isolamento acústico por painéis solares da Owa Sonex
Lagoa Corporate
O projeto incluiu o Carpete Belgotex no piso e paredes. Além disso, incorporamos forro metálico Woodgrains e mineral Polaris, ambos da Hunter Douglas.
Perceba que são propostas diferentes, espaços distintos e materiais variados, todos pensados e projetados para atender exatamente a necessidade do ambiente e do público que o frequentaria. Esse é o segredo para um projeto bem desenhado e bem executado.
Além disso, a Tribase priorizou todas as normas estipulados para o segmento, sendo algumas delas:
NBR 9050: 2004 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos;
NBR 5413: 1992 – Iluminância de Interiores;
NBR 10152: 2000 – Nível de Ruído para Conforto Acústico.
Construímos o melhor para as pessoas, priorizando a experiência e necessidade de todos, só assim se alcança a perfeição nas entregas de construções de alto padrão.