A arquitetura escolar pode ter uma grande influência na qualidade do ensino. Um ambiente escolar bem executado pode oferecer aos alunos e professores um espaço seguro, saudável, confortável e inspirador. Dentre os fatores considerados na arquitetura escolar estão: a iluminação, a ventilação, a acústica, a circulação, a ergonomia, a sustentabilidade e a tecnologia. Esses aspectos podem ser conducentes à aprendizagem e à criatividade, melhorando a retenção de informações e estimulando o pensamento crítico. A qualidade do ambiente escolar pode influenciar o bem-estar dos alunos, como a redução do estresse e da fadiga, favorecendo o desempenho escolar. Além disso, uma boa arquitetura escolar pode também criar espaços inclusivos, que atendam às necessidades de todos os alunos, incluindo os que têm deficiências, promovendo uma educação mais igualitária. Em suma, a arquitetura escolar pode ser um componente crucial na busca pela melhoria da qualidade do ensino.
Aqui você vai encontrar:
Arquitetura Escolar
Definição da área: tamanhos e espaços
Normas, Regras e Diretrizes
Medidas de segurança
Tendências da Arquitetura Escolar
Grandes obras educacionais: colégios de SP
➡ Arquitetura escolar
Arquitetura escolar é uma área específica da arquitetura que se dedica ao projeto e construção de instalações educacionais, desde creches e escolas infantis até universidades. A arquitetura escolar considera vários aspectos, como as necessidades de segurança, o conforto dos alunos e professores, a eficiência energética e o uso de tecnologia de ponta. Alguns dos principais objetivos da arquitetura escolar são criar espaços educacionais adaptáveis e incentivadores para o aprendizado, que inspirem os alunos e tornem as instalações mais sustentáveis. Além disso, a arquitetura escolar também está preocupada com questões relacionadas à saúde e segurança das pessoas que frequentam esses espaços.
O processo de uma obra educacional
Para a execução de uma escola, geralmente é necessário seguir algumas etapas. Primeiro, é preciso escolher um terreno adequado para a construção e definir a capacidade de alunos que a escola poderá comportar. Em seguida, é importante contratar uma equipe de arquitetos e engenheiros para criar o projeto arquitetônico e desenvolver todos os planos de infraestrutura necessários para a construção. A obra deve levar em conta as diretrizes governamentais para escolas no país e incluir as instalações necessárias para o ensino, como salas de aula, biblioteca, laboratório, banheiros, refeitório, entre outros. Depois que o projeto é finalizado, o licenciamento precisa ser obtido junto aos órgãos governamentais responsáveis, e em seguida, o processo de construção pode começar. Durante a construção, é importante considerar medidas para minimizar o impacto no ambiente escolar, como cercas de proteção, barreiras acústicas etc. Após a conclusão da construção, inspeções e verificações de qualidade devem ser realizadas antes que a escola seja aberta para receber os alunos. É importante ter em mente que o processo de construção de uma escola pode variar dependendo do local e dos regulamentos especificados por cada município ou estado.
Um exemplo são as construções de escolas públicas aqui no Brasil, que geralmente são realizadas através de um processo licitatório público. O município ou estado interessado em construir uma escola deve abrir uma licitação para selecionar uma empresa de construção que possa executar o projeto com os recursos fornecidos pelo governo. O projeto é desenvolvido por uma equipe de arquitetos e obra executada por engenheiros, sempre levando em conta os requisitos governamentais e as necessidades da comunidade local. A construção em si geralmente envolve uma série de fases, incluindo terraplenagem, fundações, alvenaria, instalações elétricas e hidráulicas, acabamentos e instalação de equipamentos. Após a conclusão da construção, a escola deve ser equipada com mobiliário, equipamentos de ensino e outros materiais necessários para o bom funcionamento da instituição.
Tipos de obras educacionais
Existem diversos tipos de obras educacionais, sendo que as mais comuns incluem construções de novas escolas, ampliações, reformas e revitalizações de prédios já existentes. As construções de escolas podem ser realizadas com diferentes materiais, como alvenaria, madeira, aço e concreto pré-fabricado, dependendo do orçamento, necessidades da comunidade e disposições governamentais. Além disso, é importante considerar aspectos como a acessibilidade, segurança e sustentabilidade ambiental durante o processo de construção ou reforma da escola. Geralmente, obras educacionais incluem a instalação de equipamentos específicos, como laboratórios de ciências, bibliotecas, quadras esportivas e salas de computadores.
A escolha do tipo de construção depende da necessidade e disponibilidade financeira da empresa ou comunidade e do governo local.
Regras do espaço: tamanho das escolas
O tamanho de uma escola de ensino fundamental e médio pode variar bastante de acordo com a região, capacidade financeira da comunidade e disposições governamentais. No entanto, existem algumas orientações que podem ser seguidas para definir o tamanho adequado para uma escola. O Plano Nacional de Educação (PNE) do Brasil estabelece que o número de alunos por escola pode chegar até 800 durante o ensino fundamental, dependendo da localização e contexto da escola. Já para o ensino médio, esse número pode ser maior. É importante ressaltar que esses valores são apenas orientações e que a capacidade de uma escola pode ser ajustada de acordo com as necessidades locais.
Já em relação às dimensões em metros de uma escola, não há um padrão nacional ou internacional a ser seguido. No entanto, é importante levar em consideração as necessidades da comunidade, o número total de alunos, a quantidade de salas de aula, espaços de convivência e esportes, entre outros aspectos.
Principais Normas Regulamentadoras
As principais normas regulamentadoras da arquitetura escolar são a Norma Regulamentadora Número 24 (NR-24) do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece as condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, incluindo as escolas; a ABNT NBR 9050:2015, que trata da acessibilidade em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos e a Norma de Reformas da ABNT NBR 16.280:2015, que define as etapas e procedimentos para reformas em edificações, também incluindo escolas. Além dessas normas regulamentadoras, outras legislações específicas relacionadas à construção civil e à educação podem ser aplicáveis, dependendo do local onde a escola está situada. É importante que os projetos de arquitetura escolar estejam em conformidade com todas as normas e legislações aplicáveis para garantir a segurança e o bem-estar dos alunos e funcionários da escola.
Orientações Gerais
Existem diversas outras diretrizes estabelecidas para construções de escolas, que variam de acordo com a região e legislação específica. Sobre as regras de construção, o governo estabelece diversos regulamentos e normas que devem ser seguidos durante o processo de construção. Entre eles, existe a Norma Regulamentadora NR 18, que trata das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção.
Importante! Existem legislações específicas em nível municipal, estadual e federal que estabelecem normas para a construção de edifícios, como o Código de Obras e Edificações.
Destacamos também, que, para atender a todas essas regras e diretrizes estabelecidas para construções de escolas, é fundamental contar com um projeto elaborado por profissionais qualificados e experientes, que considerem as necessidades da comunidade e dos alunos na concepção do espaço físico da escola. Ademais, é relevante acompanhar a evolução das políticas e legislações relacionadas a construções de escolas para realização de eventuais atualizações na obra.
No Brasil, por exemplo, o Ministério da Educação define algumas orientações gerais para as construções de escolas públicas e privadas, que incluem aspectos como:
Acessibilidade: a escola deve ser executada para atender às necessidades de alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, garantindo a disponibilidade de rampas de acesso, elevadores, sanitários acessíveis e sinalizações visuais e táteis;
Conforto térmico: é importante garantir que o ambiente escolar esteja bem ventilado e que haja a possibilidade de regulagem da temperatura, seja por meio de sistemas de ar condicionado ou ventilação natural. As escolas também devem contar com acabamentos adequados para evitar excesso de calor ou frio;
Conforto acústico: é fundamental que as salas de aula e demais ambientes da escola ofereçam isolamento acústico adequado, para evitar interferências sonoras e garantir um ambiente tranquilo para os alunos e professores;
Conforto luminoso: os espaços devem contar com iluminação natural suficiente para garantir um ambiente agradável e saudável. Além disso, é importante contar com luz artificial adequada, com lâmpadas de temperatura de cor adequada e baixo consumo energético;
Ventilação adequada: a circulação de ar na escola é fundamental para garantir a saúde dos alunos e da equipe pedagógica. As escolas devem contar com sistemas de ventilação natural ou mecânica para garantir que o ar circule adequadamente;
Estrutura física segura: as escolas devem ser executadas com estruturas seguras, com materiais de qualidade e instalações elétricas e hidráulicas adequadas. Além disso, é importante incluir medidas de segurança como extintores de incêndio, sinalização adequada e sistemas de alarme;
Espaços para atividades esportivas: as escolas devem oferecer espaços adequados para a prática de atividades físicas e esportes, como quadras poliesportivas e salas de ginástica;
Áreas verdes: as escolas podem incluir áreas verdes como jardins e praças, que oferecem um ambiente agradável para os alunos e a comunidade local, além de contribuir para a conscientização ambiental das crianças e jovens.
Sem falar que, todos estes aspectos podem ser pensados e trabalhados pensando no impacto que terão na aprendizagem e experiência dos alunos, isso também pode ser conhecido como design centrado no aluno, uma abordagem de ensino em que o aluno é colocado no centro do processo de aprendizagem. Nessa abordagem, o ensino é personalizado de acordo com as necessidades, habilidades e interesses de cada aluno, e o professor atua como um facilitador do aprendizado, em vez de um transmissor de conhecimento, e dentro dessa abordagem está a arquitetura.
Afinal de contas, a arquitetura também pode ter impacto na aprendizagem das crianças e adolescentes, pois influencia o ambiente em que ocorre o ensino. Uma arquitetura que leva em conta as necessidades e os interesses dos alunos pode ser mais eficaz em criar um ambiente de aprendizado que facilite a compreensão do conteúdo. Como já destacamos acima, alguns exemplos de como a arquitetura pode impactar na aprendizagem são o uso de espaços amplos e abertos para promover a colaboração e a interação entre os alunos, a seleção adequada de móveis e equipamentos que melhorem a postura e o conforto, e a utilização de luz natural e ventilação adequada para criar um ambiente adequado para a aprendizagem.
O design centrado no aluno busca personalizar o processo de aprendizagem de acordo com as necessidades dos alunos, levando, também, em conta como a arquitetura pode impactar na aprendizagem ao criar um ambiente adequado e confortável para a realização das atividades educacionais.
➡ Medidas de segurança em obras educacionais
As medidas de segurança em obras educacionais podem incluir o uso de equipamentos de proteção individual pelos trabalhadores, sinalização adequada em áreas de risco, adequação da estrutura física de acordo com normas de segurança, treinamentos sobre segurança no trabalho e simulações de emergência para os alunos e profissionais da escola. É importante garantir que as obras sejam realizadas de acordo com as normas e regulamentações de segurança, para evitar acidentes e garantir a integridade física dos trabalhadores e usuários da escola.
Há outros recursos de segurança em escolas de ensino fundamental e médio que podem variar de acordo com a localidade e capacidade financeira da instituição, e que podem ser implementados e pensados desde o projeto da planta da escola. São diversas medidas que podem ser tomadas para garantir a segurança dos alunos, equipe pedagógica e demais colaboradores. Estes recursos vão muito além da fase de construção da obra em si.
Entre os recursos de segurança mais comuns encontrados nas escolas, podemos citar:
- Câmeras de monitoramento;
- Portões e grades para controlar o acesso de pessoas não autorizadas;
- Sistema de alarme contra incêndios;
- Sistema de alarme contra intrusões;
- Sistema de controle de acesso eletrônico;
- Planos de evacuação em caso de emergências;
- Capacitação da equipe pedagógica para lidar com situações de emergência;
- Políticas claras de prevenção e combate ao bullying e outras formas de violência.
É importante ressaltar que, além de adotar recursos de segurança, é fundamental que as escolas estejam sempre atentas às mudanças no cenário de segurança local e mundial e procurem se adaptar a elas para garantir o bem-estar e a tranquilidade de sua comunidade escolar.
As medidas de segurança devem ser implementadas não apenas durante a construção, mas também após a finalização das obras, para garantir a segurança dos estudantes e demais usuários da escola.
Tendências da arquitetura escolar
Agora falando sobre o futuro das escolas, algumas das tendências da arquitetura escolar atual incluem o uso de espaços flexíveis e multifuncionais, que permitem diferentes configurações de sala de aula e estimulam a colaboração entre os alunos; o uso da tecnologia para melhorar o ensino e a aprendizagem; o design sustentável, que utiliza materiais ecológicos e economiza recursos naturais; e o foco na segurança e no bem-estar dos alunos e professores, incluindo a implementação de medidas de proteção contra incêndios e de segurança digital, por exemplo. Outras tendências podem incluir o uso de espaços ao ar livre como jardins e playgrounds para promover o desenvolvimento integral dos alunos e a integração positiva com a natureza. Em resumo, a tendência atual de arquitetura escolar é criar espaços educacionais mais interativos, seguros, confortáveis e sustentáveis que possam contribuir para o bem-estar e o desenvolvimento acadêmico dos alunos.
Se quiser saber mais sobre este assunto e o futuro da arquitetura escolar leia o nosso blog do mês passado aqui.
➡ Grandes obras educacionais atuais
A Tribase já realizou diversas obras de escolas, de diferentes tamanhos e com diferentes objetivos. Aqui, vamos ressaltar duas grandes obras, cada uma com suas particularidades diferentes, que podem te ajudar e te inspirar na sua próxima obra:
O Colégio Etapa teve uma área total construída de 6.769,68m², foi uma obra de retrofit e contou com 2 blocos, um educacional e um administrativo. Neste colégio construímos laboratórios, Biblioteca, Salas Maker, Oficina 3D e Robótica de última geração, quatro quadras, salas de aula com projetores e infraestrutura completa, a obra ainda contou com 1.500,00m² de espaço verde. Veja as fotos da obra aqui.
O Colégio Santa Maria teve um área total construída de 6.246,93m² em um terreno de 8.427,12m² e foi um projeto inspirado em Piet Mondrian. O colégio teve quatro blocos construídos totalmente interligados e acessíveis, este colégio ainda teve ruas internas para controle de tráfego, sistema de coleta e aproveitamento de águas pluviais, e contou com ginásio poliesportivo, salas de aula, laboratórios, capela, observatório e prédio administrativo. Veja as fotos da obra aqui.
E não se esqueça, um ambiente escolar bem executado pode oferecer aos alunos e professores um espaço seguro, saudável, confortável e inspirador. E para garantir tudo isso você pode contar com a Tribase. Construímos o melhor para você e para o futuro!
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